quarta-feira, 14 de julho de 2010

O fim!

Passei o dia na esperança que te ia voltar a ver. Fiquei mais anciosa que nunca, nem sei bem porquê! Talvez porque tinha a certeza que ela já tinha chegado e que já tinhas estado com ela outra vez.
Saimos. Eu estava bem, juro que estava mesmo bem, sem stresses, sem dramas, sem fitas. Até foi fácil ler aquelas sms românticas, sim porque ali existe muito amor, e aí também porque já não leio aquele 'amo-te' de há uns dias atrás!
Bebemos os dois, eu bebi á minha maneira, uma maneira estupida e furiosa. Sempre junto a ti o mais possivel, falamos de ti (e dela) das tuas aventuras, do vosso romance de novela, da maneira como a amas e como ela te ama a ti. Sms's sem conta diziam sempre o mesmo!
Depois de um estado de meia embriegez, sim porque se estivesse bebada não me lembrava de cada pormenor daquela noite. Saimos daquele lugar e fomos andar a pé. Eu já meia 'torta' fui andando a falar sozinha, a dizer tudo aquilo que ainda continua intalado e que nunca deixará de ser verdade. Foste buscar mais uma bebida. Deitei-me naqueles bancos de pedra e olhei para o ceú, a luz do cadeeiro da rua ofuscava a minha visão, e só conseguia pensar nas mesmas coisas, sempre as mesmas.
Levantei-me, continuamos a falar de uma forma tola. Continuas-te a conversar com ela, e eu fui andando mais á frente, cheguei ao outro lugar e sentei-me outra vez. Quando chegas-te foi o inicio do fim. Ajoeilhei-me ao pé de ti e nunca mais parei de chorar e falar, e sim até gritei um bocadinho, abracei-te e chorei outra vez, fiz as mesmas perguntas outra vez e tu respondes-te em tua defesa e repetias que eu estava bebada.
Levantei-me, e voltei a sentar-me. Depois pus-me de pé e sai dali a andar aos tombos, e claro a falar sozinha com as lágrimas a cairem-me da cara cada vez mais fortes e constantes. Sei que corres-te atrás de mim, voltei a abraçar-te e a fazer as mesmas perguntas e a chorar ainda mais. Tu beijaste-me, estava tão tonta que aquele beijo parece que me acalmou um bocado. Entramos no carro e pusses-te aquela banda a tocar, a partir daqui sabes bem o que disse!
Pedi-te para não me trazeres para casa, trouxes-te-me. Eu vim o caminho todo a chorar sem parar. Deixas-te-me em casa, e vou ser sincera não me lembro bem do que disse, mas saí do carro a andar desnorteada e a chorar, claro! Fechei o portão um segundo, voltei a abrir e já lá não estavas. Sentei-me e esperei por ti, esperei pelo mesmo nada de sempre.Chorei ainda mais e pensei como foste capaz de me deixar ali, quando te pedi para que ficasses ao meu lado.
Entrei em casa, fui á casa de banho, e olhei para a minha cara, estava inchada do sol e ainda mais de chorar, tinha os olhos tão vermelhos que nem via o verde de sempre. Fui para o meu quarto, ainda tonta despi-me ás pressas e deitei-me na cama. Depois disto a unica coisa que me lembro foi de adormecer a chorar, a soluçar de dor, doia tanto que acabei por adormecer.
E tudo passou mais uma vez. Percebi, aliás tive a certeza hoje que não te posso ver, porque cada vez que te vejo fico pior, a dor aumenta mais e mais.
Não quero que fiques com ela, desculpa mas estou a ser sincera e estou bem sóbria. Mas em contrapartida, quero que sejas feliz com ela e que morras de vez dentro de mim.
Odeio-te a ti e a ela (repetido vezes sem conta no meio da confusão). Desculpa a sinceridade, mas é o que sinto, e sabes que aquilo que sinto não fica guardado pra mim!
Pode ser que um dia eu consiga sair, falar, olhar pra ti e não ver aquela imagem vezes sem conta na minha cabeça e de preferencia, quando esse dia chegar que eu já não sinta nada por ti.

Um dia... talvez um dia!

Mariana*

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